quinta-feira, 4 de novembro de 2010

                              Arte Islâmica
A idéia de infinito e a tendência à imaterialidade, reflexos da crença na eternidade, do desprezo pela vida terrena e da vontade de superar os limites do mundo real, nortearam a arte que se desenvolveu em todos os territórios conquistados pelo Islam.  
A arte islâmica abrange a literatura, a música, a dança, o teatro e as artes visuais de uma vasta população do Oriente Médio que adotou o islamismo a partir do século VII, em sentido estrito, a arte dos povos islâmicos inclui apenas as manifestações diretamente surgidas da prática religiosa, é comum, no entanto, que o termo abarque todos os gêneros da arte produzida pelos povos muçulmanos, associada ou não à religião.

Artes Visuais
De variedade estilística e virtuosismo técnico extraordinários, a arte visual islâmica é decorativa, colorida e, no caso da religiosa, não figurativa, a decoração islâmica característica é conhecida como arabesco, um ornato que emprega desenhos de flores, folhagens ou frutos, às vezes, animais, esboços de figuras ou padrões geométricos, para produzir um desenho de retas ou curvas entrelaçadas, esse ornamento é empregado tanto na arquitetura quanto na decoração de objetos. 
 A cerâmica, o vidro, os tecidos, a ilustração de manuscritos e o artesanato em metal ou madeira têm sido de importância fundamental na cultura islâmica, a cerâmica constituiu a mais importante das primeiras artes decorativas dos muçulmanos.
Na decoração da louça de barro esmaltado, a maior contribuição islâmica para a cerâmica, empregam-se compostos metálicos nos esmaltes, que, quando queimados, transformam-se em películas metálicas iridescentes. Outros objetos cuja produção se destacou durante o período dos califados (do século VII ao XI) são o bronze e a madeira entalhada do Egito, os estuques do Iraque e o marfim entalhado da Espanha. 
No período seljúcida (do século XI ao XIII), manteve-se a importância da cerâmica, dos tecidos e dos vidros, além disso, objetos utilitários de bronze e latão eram incrustados com prata e cobre e decorados com desenhos complexos.
A ilustração de manuscritos também se tornou uma arte bastante respeitada, e a pintura em miniatura foi a maior e mais característica manifestação artística do período que se seguiu às invasões dos mongóis (1220-1260). 
O Islam considera a palavra escrita o meio por excelência da revelação Divina, por essa razão, a arte caligráfica se desenvolveu de forma rica e complexa, empregando uma ampla variedade de elegantes caracteres cursivos. A caligrafia era usada também como importante elemento decorativo na arquitetura e em peças utilitárias.

Tapeçaria
Os mais belos tapetes de toda a história da arte são persas e datam dos séculos XVI e XVII, foram produzidos em Tabriz, Kashan, Herat e Isfahan, na dinastia dos safávidas, feitos de lã, seda e outros materiais, os tapetes persas, a exemplo do que ocorrera séculos antes com os turcos, tiveram grande aceitação no Ocidente.
Os temas são variados, mas predominam cenas de caçada e combate, não raro de origem chinesa. Em Agra, Lahore e algumas cidades da Índia, onde também foram produzidos tapetes de inspiração persa, desenvolveu-se um estilo de ornamentação floral tipicamente indiano e mongol, de temática naturalista. 













Nenhum comentário:

Postar um comentário